Mais um poema. Um soneto escrito em 1962 tal como este ano as chuvas foram muitas e o rareou nos céus doAlentejo
Que saudades eu tinha já do Sol,...
desse feiticeiro que faz os dias belos.
Que faz brotar da terra os cogumelos,
que faz cantar, à noite , o rouxinol.
Que faz esquecer em nós os pesadelos
da noite agreste, sem luz nem arrebol.
Soam de novo, nas safras, os martelos,
arados, enterram o grão e o girasol.
Sol! És um Deus que eu estou contemplando!
Repara em mim que estou p'ra ti rezando,
com fé , que a minha prece seja ouvida.
Fecunda, só com o teu amor ardente
a terra negra, o trigo, esta semente.
Que a semente do ódio seja perdida.
Romão Moita Mariano in «a malhar em ferro quente»
terça-feira, 16 de março de 2010
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